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Alexandre Ramagem: deputado bolsonarista na mira da PF


Deputado Ramagem é alvo de operação da PF que investiga atuação ilegal da Abin

Na quinta-feira, 25 de janeiro de 2024, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga possível atuação ilegal do órgão durante seu comando. Ramagem é forte aliado da família Bolsonaro, sendo cotado para disputar neste ano a eleição para prefeito do Rio de Janeiro, berço político do ex-presidente.

Histórico de Ramagem e ligação com a família Bolsonaro

Ramagem se tornou próximo da família Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, quando foi destacado pela PF para coordenar a segurança do então candidato após ele ter sido alvo de uma facada em setembro daquele ano. Em 2020, quando o então senador Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na PF, o ex-presidente tentou nomear Ramagem como diretor do órgão, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a nomeação devido à proximidade pessoal de ambos.

Ação da PF e suspeitas contra Ramagem

Segundo a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, a investigação apura se Ramagem teria utilizado a Abin em favor de interesses da família Bolsonaro, incluindo a produção de relatórios de inteligência para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro em uma investigação por um suposto esquema de rachadinha. Além disso, a PF investiga se o sistema de inteligência First Mile teria sido usado pela Abin para monitorar dispositivos móveis de adversários políticos de Bolsonaro, sem autorização judicial.

Operação da PF e reações políticas

A operação da Polícia Federal atingiu mais onze pessoas, incluindo sete policiais federais que foram afastados de suas funções. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, a maioria em Brasília, mas também no Rio de Janeiro e em cidades mineiras. O gabinete parlamentar de Ramagem foi um dos alvos. Políticos bolsonaristas saíram em defesa de Ramagem, argumentando que as operações contra deputados da oposição evidenciam uma clara perseguição a esses parlamentares e esse espectro político.

Trajetória de Ramagem e sua ligação com a Abin

Formado em Direito pela PUC-Rio em 2000, Ramagem se tornou delegado da Polícia Federal em 2005. Na PF, foi responsável por divisões importantes e fez parte da equipe de investigação da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro em 2017. Com a posse de Bolsonaro, Ramagem foi chamado para o governo, tendo primeiro atuado como assessor especial da Secretaria de Governo, para depois assumir a Abin em junho de 2019.

Conclusão

A investigação sobre a possível atuação ilegal da Abin durante o comando de Ramagem coloca em xeque a conduta do órgão de inteligência do Estado e sua relação com a família Bolsonaro. As suspeitas levantadas pelas autoridades competentes exigem uma investigação meticulosa e imparcial para esclarecer as acusações.

FAQ

1. O que motivou a operação da Polícia Federal contra o deputado Alexandre Ramagem?
A operação da PF investiga possível atuação ilegal da Abin durante o comando de Ramagem, incluindo a produção de relatórios de inteligência em favor da família Bolsonaro e a utilização do sistema First Mile para monitorar adversários políticos sem autorização judicial.

2. Quais foram as reações políticas à operação contra Ramagem?
Parlamentares bolsonaristas saíram em defesa de Ramagem, alegando que as operações contra deputados da oposição evidenciam uma clara perseguição a esses parlamentares e esse espectro político.

3. Qual a trajetória de Ramagem e sua ligação com a Abin?
Ramagem é formado em Direito e tornou-se delegado da Polícia Federal em 2005. Ele assumiu a direção da Abin em junho de 2019, após atuar como assessor especial da Secretaria de Governo no governo de Jair Bolsonaro.

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