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DPE e Sindicato das Indústrias do Vestuário fortalecem parceria para oferecer curso básico de costura à população vulnerável

Porto Alegre (RS) – Na tarde do último dia 13, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) e o Sindicato das Indústrias do Vestuário do RS (SIVERGS) se reuniram para alinhar uma parceria que visa oferecer um curso básico de costura para a população vulnerável, inicialmente voltado para mulheres vítimas de violência ou apenadas.

O encontro foi intermediado pelo deputado estadual Gustavo Victorino, após uma reunião com a Defensoria Pública, onde foram discutidas questões relacionadas à geração de renda e oportunidades para mulheres vítimas de violência e a população prisional.

A parceria com a DPE ainda está em fase de negociação e formatação, mas as conversas continuarão. Segundo o defensor público-geral do Estado, Antonio Flávio de Oliveira, a DPE compreende bem as necessidades de seu público-alvo, e o curso poderia proporcionar autonomia e melhores perspectivas de vida para muitas mulheres, sejam elas vítimas de violência doméstica ou apenadas.

O Curso Básico de Costureiro Industrial possui uma carga horária de 160 horas e faz parte de um convênio do sindicato com o SENAI, que disponibiliza uma unidade móvel para sua execução em diversas cidades do estado. A parceria tem como objetivo atender às necessidades das empresas do setor de vestuário, que carecem de mão de obra qualificada.

De acordo com a dirigente do Núcleo de Defesa em Execução Penal (NUDEP), Cintia Luzzatto, no estado há cerca de 2,4 mil mulheres cumprindo pena. “É importante que a instituição, juntamente com a sociedade civil, promova o trabalho no cárcere. As pessoas privadas de liberdade solicitam nos atendimentos jurídicos a inclusão em postos de trabalho. A grande maioria é extremamente vulnerável e não possui qualificação profissional, o que torna ainda mais difícil a busca por emprego ao deixar a prisão, devido ao estigma que carregam. Para as mulheres, a situação é ainda mais complicada. Das mais de 200 que estão no Madre Pelletier, apenas 24 trabalham”, afirmou. Segundo Cintia, o Estado tem promovido cada vez mais o trabalho prisional, o qual também depende do apoio do setor privado.

Para a dirigente do Núcleo de Defesa da Mulher (NUDEM), Liseane Hartmann, o curso também auxiliaria as mulheres vítimas de violência que não conseguem sair desse ciclo sem trabalho e autonomia financeira. A subdefensora pública-geral do Estado para Assuntos Institucionais, Melissa Torres Silveira; o assessor legislativo Hananias Mesaque Amaral da Silva; a diretora e a secretária executiva do SIVERGS, Katiane Martins e Eugenia Maria Szinwelski, também participaram do encontro.

De 2009 a 2023, o convênio entre SIVERGS e SENAI formou 32 turmas e mais de 600 pessoas. Metade delas já está inserida no mercado de trabalho, conforme o vice-presidente e diretor de comunicação do sindicato, Rogério Bértoli Pereira.

A capacitação é realizada em um ambiente climatizado, com uma professora especializada, materiais e maquinário atualizados e modernos, proporcionando oportunidades para pessoas em busca de qualificação profissional para ingressar no mercado de trabalho.

 

 



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