Cinema

Era uma Vez em Hollywood – Comentário COM SPOILERS


Análise do Filme “Era Uma Vez em Hollywood” de Quentin Tarantino

Neste artigo, discutiremos o filme “Era Uma Vez em Hollywood”, dirigido por Quentin Tarantino, com foco em uma análise aprofundada, contendo spoilers. Antes de prosseguir, salienta-se que caso não tenha assistido ao filme ou não aprecie revelações, recomenda-se cuidado ao continuar a leitura ou visualização do vídeo.

Impressões sobre a Abordagem da História de Sharon Tate

A maneira como Tarantino abordou a história de Sharon Tate no filme é verdadeiramente impressionante. Ele reescreveu a narrativa, apresentando-nos uma realidade alternativa e levando-nos a refletir sobre um possível curso dos acontecimentos em Hollywood, caso as tragédias envolvendo a atriz não tivessem ocorrido. É crucial ressaltar a recomendação de Tarantino de realizar uma pesquisa prévia sobre o caso de Sharon Tate antes de assistir ao filme, uma vez que ele parte do pressuposto de que o espectador está familiarizado com a história, permitindo-lhe moldar um desfecho que representa uma narrativa alternativa.

Tributo a Sharon Tate e Exploração da Indústria Cinematográfica

O filme também presta um grande tributo a Sharon Tate, retratando-a de forma respeitosa e convidando-nos a contemplar as possibilidades que poderiam ter se desdobrado caso ela não tivesse sido vítima de um brutal assassinato. A cena em que Sharon Tate vai ao cinema para assistir a um filme de 1968 é especialmente marcante e demonstra a habilidade do diretor em capturar a essência da época.

Além disso, a estrutura do roteiro de Tarantino merece destaque, pois alguns argumentam que o filme poderia ter sido focado apenas nos personagens de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, sem a inclusão da trama envolvendo Sharon Tate. No entanto, discordo dessa afirmação, acreditando que o filme possui um viés profundamente pessoal para Tarantino, refletindo suas influências e inspirações na indústria cinematográfica.

Recepção e Controvérsias

É relevante mencionar que o filme recebeu críticas mistas. Algumas pessoas questionaram a forma como Tarantino construiu a história e o tratamento dado à família de Sharon Tate. No entanto, a família reconheceu o filme como um tributo e acabou por apoiar o projeto. Essa controvérsia adiciona camadas à compreensão e análise do filme, oferecendo pontos de vista divergentes para consideração.

Conclusão

Em síntese, “Era Uma Vez em Hollywood” é um filme que provoca reflexões profundas acerca da história de Sharon Tate e da própria indústria do cinema. A abordagem de Tarantino proporciona uma obra pessoal e única, que estimula o espectador a refletir sobre narrativas alternativas e o impacto que estas podem ter sobre a maneira como Hollywood é percebida. Recomenda-se que cada indivíduo assista ao filme e conduza sua própria análise, proporcionando um entendimento autêntico e pessoal da narrativa apresentada.

FAQ

1. Quais foram as principais controvérsias em torno do filme “Era Uma Vez em Hollywood”?

Além das críticas mistas, uma das principais controvérsias foi a forma como Tarantino construiu a história e o tratamento dado à família de Sharon Tate.

2. O que torna a narrativa do filme tão única e pessoal para Quentin Tarantino?

A narrativa do filme é única e pessoal para Tarantino devido à sua habilidade em reescrever os acontecimentos históricos e criar uma realidade alternativa, refletindo suas influências e inspirações na indústria cinematográfica.

Conclusão

Ao concluir, é importante ressaltar a complexidade e a profundidade da abordagem de Tarantino no filme “Era Uma Vez em Hollywood”. O tributo a Sharon Tate, a exploração da indústria cinematográfica e as controvérsias em torno da obra enriquecem a experiência de assisti-lo e conduzir análises críticas. A recomendação é que cada espectador se permita vivenciar a narrativa e formar suas próprias conclusões acerca do impacto e significado desse longa-metragem.

Fonte: Comentário COM SPOILERS – Era Uma Vez em Hollywood

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43 Comentários

  1. Putz ! Grande sacada Sr Beto ! Eu vi Tess há muitos anos no cinema e lembro que era de Polansky . Vi o filme de Tarantino outras vezes , e sempre se pega outros detalhes , e se nota a homenagem e reverencia ao cinema que ele constantemente faz . A inigualável cena , que é um verdadeiro clip , com a musica dos Stones no fundo , é uma homenagem aquela era de ouro , os anos 60 e 70 . Curti , vivi , peguei mais ou menos essa época . Aliás , foi a melhor , uma ERA e tanto ! Um amigo , sempre me diz : "Gostaria de voltar aos anos 70 , e nunca mais sair de lá "

  2. Acabei de ver, e achei perfeito, concordo com sua crítica. Entendi que o filme é ótimo pois, se tudo o que o dublê – Brad Pitt – pensa e faz, fosse seguido pelo DiCaprio, isso evitaria todas as mortes, já que tudo o que o personagem de DiCaprio pensou e fez, levou à tragédia de todos, surpreendidos com as calças na mão, logo pela porta da frente!

  3. Eu gostei do filme no geral, mas detestei todas as cenas com a Sharon. Achei bem atuado e dirigido, mas não vi nada interessante ali, certeza que se eu rever o filme vou pular as cenas dela.

    E achei a cena final boba, não sei se por achar que ficou um pouco fora do tom do resto do filme ou por não ter gostado do jeito que foi feita.

    Mas amei todas as cenas com o Leo e o DiCaprio (com exceção da última)

  4. eu esperava mais do roteiro do Tarantino, o resto e perfeito, mas parece q falto alguma coisa pra mim. eu entendo q ele fez varias homenagens no filme, e como voce diz aos filmes que ele viu. Mas entao o publico do filme é ele mesmo

  5. Eu sei que o vídeo é de um ano atrás mas, sendo o Dale e comentando meu filme favorito do Tarantino, eu preciso exaltar. O filme é maravilhoso e a sua crítica está sensacional como sempre. Melhor crítico brasileiro, grande inspiração para quem sonha ser crítico. Parabéns e sucesso sempre.

  6. Tive a oportunidade de assistir hoje ao filme. Gostei bastante do que ví. Acredito que entendi o filme de uma maneira diferente ao que muitos observaram. O filme, além de ser uma homenagem do diretor ao cinema, cultua a expressão positivista de muitos filmes. E imagina como seria essa história trágica, dentro da invenção de algum roteirista, subvertendo a realidade a favor de algo mais positivo. Me lembrou um outro filme que tambem gosto muito: "Peixe grande e suas histórias maravilhosas". Não que a história tenha alguma semelhança. Mas a mensagem sim: Se a história desse filme fosse minha, como eu escolheria conta-la? Existe a dura realidade e existe o excepcional. Qual seria minha abordagem? Quentin utilizou-se dessa aboradagem para mostrar como no cinema, podemos ter alguma esperança. Como nesses casos, podemos definir bem quem são os vilões e mostrar como gostariamos que esses casos se afastassem da triste realidade que nos assombra. Essas dicas foram dadas através da conversa do personagem do Al Pacino com o Personagem do Leonardo, em como ele escolheu misturar a realidade e a fantasia, em como ele subverteu um icone como o Bruce Lee, e em como ele apresenta do titulo do filme, como uma estorinha de conto de fadas, onde tudo começa por "era uma vez", e termina com um grande final feliz.

  7. Foi uma bosta tremenda mentirosa, aposto que o filme nem feito por ele foi, todo mundo sabe como é a elite Américana sempre tentando na força contornar o incontornável, só dizer que o Vietnã foi um filme, que as torres gêmeas foi necessário destrui lá pois estava fazendo Ney York afundar, contém outra, Bruce Lee tomando porrada de um americano essa boa. Sabíamos que muitos não gostavam de Bruce Lee como super herói chinês.

  8. Uma coisa que você não comentou mas que pra mim foi muito latente e mexeu com a forma com que me relaciono com a história real e o próprio culto ao Manson é o seguinte: Tarantino faz questão de os pintar como um bando de idiotas, subvertendo esse apelo popular que Manson e sua trupe tem hoje. Em meio a tantos comentários que permeia a obra, a mensagem final escolhida pelo diretor foi a de que em meio a tantas pessoas talentosas e dignas, por que caralhos escolhemos lembrar e "cultuar" justamente de um bando de hippies que fizeram algo grotesco? Sensacional seu vídeo.

  9. Notória a cena logo no início em que o personagem do paccino e o do Léo tem um diálogo onde citam várias séries de enlatados que víamos quando criança; Tarzan com Ron Ely, James west com (Bob ) Robert conrrad e Barman 😃😃😃😃

  10. sabendo do contexto do filme, só depois de ver o filme, até que vc entende e aceita melhor ele, mas sem conhecer, vc fica esperando acontecer algo pra história, e nada realmente importante acontece, tem continuidade, sem nexo, acha o filme totalmente aleatório, sabendo do contexto, o filme tem outro significado

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