Cinema

Loira – livro x filme: o processo de adaptação de Andrew Dominik


O Processo de Adaptação de Andrew Dominik: Loira – livro x filme

Hoje, o nosso foco será no filme “Bloom”, dirigido por Andrew Dominic e baseado no livro de Joyce Carol Oates. Este filme tem gerado controvérsias e discussões, e a intenção é abordar pontos do livro para complementar essa visão criativa.

A Complexidade da Adaptação de Livros para Filmes

A adaptação de um livro para o cinema é um processo complexo que envolve a síntese e a coerência na transição de uma história literária para a tela. No caso de “Bloom”, o diretor Andrew Dominic parece ter se concentrado não só na figura de Marilyn Monroe, mas também na atriz Ana de Armas, explorando sua nudez e cenas de sexo. Isso levanta questões sobre a abordagem do filme em relação à vida da icônica atriz.

Além disso, o diretor adotou uma postura arrogante em relação aos espectadores que criticaram o filme, sugerindo que não entenderam sua visão. Declarações questionáveis sobre o público e seu interesse nos filmes de Marilyn Monroe também levantam dúvidas sobre as motivações por trás dessa obra.

A Perspectiva do Livro

O livro de Joyce Carol Oates, com 740 páginas na versão original, oferece uma visão mais profunda e complexa da vida de Marilyn Monroe. A autora afirma que não tinha compromisso com a veracidade dos fatos, mas sim em explorar os abusos na indústria do entretenimento, uma abordagem interessante e relevante. Oates aborda momentos importantes na vida de Marilyn, como sua transição de Norma Jean para Marilyn e os desafios enfrentados pela atriz. Ela também explora rumores sobre relacionamentos e questões delicadas, como aborto, de forma mais ampla e reflexiva.

Comparação entre o Livro e o Filme

Em comparação, o filme de Andrew Dominic parece condensar e simplificar esses aspectos, focando principalmente em traumas ligados ao sexo e explorando a nudez da atriz. Isso levanta questionamentos sobre a abordagem do diretor e suas intenções ao retratar a vida de Marilyn Monroe.

“Bloom” levanta questões importantes sobre a representação de figuras públicas no cinema e na literatura. Enquanto o filme parece focar em aspectos sensacionalistas, o livro oferece uma perspectiva mais profunda e reflexiva sobre a icônica atriz.

FAQ

Qual é a abordagem do livro em relação à vida de Marilyn Monroe?

Joyce Carol Oates oferece uma visão mais profunda e complexa da vida de Marilyn Monroe, explorando seus desafios, transições e questões delicadas como aborto, de forma reflexiva e ampla.

Quais são as principais críticas em relação à adaptação cinematográfica de “Bloom”?

“Bloom” recebe críticas pela abordagem sensacionalista, enfatizando traumas ligados ao sexo e explorando a nudez da atriz em detrimento de aspectos mais profundos da vida de Marilyn Monroe.

Conclusão

Em conclusão, a adaptação de um livro para o cinema sempre oferece diferentes abordagens e perspectivas. No caso de “Bloom”, a comparação entre o filme e o livro de Joyce Carol Oates revela divergências significativas na representação da icônica Marilyn Monroe. A reflexão sobre como figuras públicas são retratadas no cinema e na literatura é crucial para uma compreensão mais ampla desse processo de adaptação e de suas intenções.

Fonte do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=0278Y3nyWUs

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29 Comentários

  1. Conferindo mais esse vídeo critica. Eu assisti Blonde e concordo com você nos 2 videos que publicaste. Agora me responde essa…Impressão minha ou não cena, q a Ana de Armas, faz uma empregada a pinta que costuma estar tem no rosto, tá no queixo????

  2. Desde que vi o filme não consegui parar de pensar sobre ele. Acho que tem alguns defeitos e alguns aspectos soam demasiadamente rasos, mas os pontos positivos são muito mais fortes para mim.Esse é um filme que aparece raramente para gente e poder assisti-lo com atenção pode ser tranformador. Adorei suas ponderações e os pontos apontados, para mim, já é o melhor filme do ano.

  3. Li o que Billy Wilder disse sobre Marilyn durante as filmagens de Some like it hot e o comportamento dela parece ter sido até pior do que mostra o filme. Billy elogia muito MM, mas diz que trabalhar com ela foi uma guerra. Adoro MM, mas fazer de conta que sua vida foi mais glamour do que infelicidade seria cegueira.

  4. Acho que foi uma adaptação competente do Volume 2 (eu li a versão dividida da Amazon). Mas a obra Blonde é bem mais densa e merecia mais tempo de desenvolvimento para ser melhor adaptada. E acho que o filme se beneficiaria do apagamento das cenas explícitas de abuso e da propaganda constrangedora contra o aborto.

  5. Tirando a atuação da Ana de Armas, o que me fez não gostar do filme é ver a Marilyn sofrendo a cada momento, só existe 2 ou 3 cenas dela feliz e isso já é muito pouco, o rumo que a história foi do seu início ao fim é bem depressivo, até os momentos que mostram seus filmes, Blonde conseguiu fazer esses momentos serem pra baixo, eu acredito que se eu lesse o livro eu não iria gostar também, fico me perguntando como foi realmente a vida da Marilyn sem essas teorias e escândalos sobre ela.

  6. Com exceção da palavra controverso, me oponho a toda a argumentação do vídeo, pois, mesmo que tenha sido feito a critério de um desejo pessoal, a execução do filme é satisfatória, ainda que haja vazio, abuso excessivo, imagens caóticas e retratos irreais em tela. Me identifiquei muito com a crítica feita pela Isabela Boscov. Como sempre o trabalho do Dalenogare é brilhante, mesmo que eu não tenha experimentado das mesmas sensações ao assistir Blonde.

  7. Concordo que o filme ficou sem uma ordem cronológica clara. O filme me transmitiu uma imagem de uma Marilyn sem amigos, sem relações de confiança, um objeto de desejo, fútil e ao mesmo tempo um jeito de menina que busca encontrar seu pai em todos homens. O tempo todo do filme ela é transmitida como uma boneca de Ventriloquo, sendo sempre levada por alguém…

  8. Parabéns!!! Ainda estou terminando a leitura do livro e só assistirei ao filme depois, mas resolvi, antes de ver o longa da Netflix, conhecer a sua opinião e não me arrependi. Creio que sua análise corresponde à realidade dessa adaptação do texto de Oates. Sobre o diretor do filme ser mais um a exibir Marilyn focando no que há de mais apelativo, não dando atenção às origens dela, só prova que você analisou bem: é mais uma pessoa que parece querer apenas vender a imagem da atriz da forma mais atraente, pois sabe o quê normalmente captura o interesse do espectador médio.

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