Cinema

Parasita: a campanha mais efetiva do Oscar para filme estrangeiro

O Impacto da Distribuição Efetiva

A distribuição de um filme desempenha um papel crucial em sua trajetória de sucesso, e a campanha de distribuição do filme sul-coreano “Parasita”, liderada pela distribuidora Neon nos Estados Unidos, é um exemplo notável desse fato. A colaboração entre o diretor sul-coreano Bong Joon-ho e o distribuidor Tom Quinn foi fundamental para a eficácia da campanha de distribuição de “Parasita”. Quinn, um admirador do trabalho de Bong Joon-ho, reconheceu o potencial do diretor e optou por ser o principal parceiro de distribuição nos Estados Unidos. A Neon, sob a liderança de Quinn, tem como foco a produção e aquisição de conteúdo independente de alta qualidade, incluindo obras estrangeiras de destaque.

Estratégias de Distribuição e Impactos

Antes mesmo de estrear no Festival de Cannes em 2019, a Neon adquiriu os direitos de distribuição de “Parasita”, garantindo que o filme seria lançado nos cinemas dos Estados Unidos. A distribuidora estabeleceu acordos com grandes redes de cinemas, assegurando um amplo lançamento para o filme, o que foi crucial para o seu sucesso. Além de “Parasita”, a Neon também adquiriu outros filmes estrangeiros de relevância, consolidando sua posição como uma importante impulsionadora do cinema internacional nos Estados Unidos.

Reconhecimento e Sucesso do Filme

“Parasita” foi destaque em prestigiados festivais, como o Festival de Toronto e o Festival de Nova York, onde sua demanda foi tão significativa que sessões extras foram adicionadas para atender à vasta audiência. O filme recebeu elogios entusiasmados, consolidando-se como uma obra de destaque dentro do cenário internacional em 2019.

O Legado e Inspiração

A bem-sucedida campanha de distribuição de “Parasita” nos Estados Unidos representa um marco na história do cinema em língua não-inglesa. Ela evidencia que filmes estrangeiros têm o potencial de conquistar o público americano e alcançar reconhecimento e sucesso nas telonas. A Neon desempenhou um papel vital nesse processo, destacando a importância de uma distribuição eficaz para o alcance de um filme. Este caso serve como um exemplo inspirador para cineastas e distribuidores em escala global, demonstrando que a qualidade e o talento podem transcender fronteiras linguísticas e culturais.

FAQs

1. Qual a importância da distribuição efetiva para o sucesso de um filme?

Uma distribuição efetiva pode ampliar significativamente a visibilidade e acessibilidade de um filme, possibilitando que ele alcance um amplo público e obtenha reconhecimento e sucesso.

2. Como a parceria entre Bong Joon-ho e Tom Quinn contribuiu para a distribuição de “Parasita”?

A colaboração entre Bong Joon-ho e Tom Quinn estabeleceu uma estratégia sólida e eficaz para a distribuição de “Parasita” nos Estados Unidos, gerando impactos positivos no alcance e no reconhecimento do filme.

Conclusão

A campanha de distribuição liderada pela Neon para o filme “Parasita” exemplifica o impacto significativo que uma distribuição efetiva pode ter no sucesso de um filme estrangeiro nos Estados Unidos. O reconhecimento e a receptividade calorosa recebidos por “Parasita” evidenciam a capacidade de obras de alta qualidade transcenderem barreiras linguísticas e culturais. Este caso inspirador ressalta a importância da colaboração entre cineastas e distribuidores para ampliar o alcance e o impacto de filmes internacionais no cenário cinematográfico global.

Fonte do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lgbNlzwVZV4

Artigos relacionados

38 Comentários

  1. Por mais que o filme seja bom ainda sim existe uma camaradagem por trás.
    Isso pra mim descredibilizar o filme que precisa de opoio de investidores e distribuidora para principais polos nos jornais de grande circulação e críticas positivas e festivais selando a qualidade além das sessões fechadas com a equipe falando sobre a história e o elenco também e os próprios integrantes dando apoio nos sindicatos.
    Eu penso sobre o Joaquin Phoenix não fazer campanha no final entre novembro e dezembro, janeiro sendo que antes o filme foi promovido em Veneza e ganhou como melhor filme e já q diziam que ele era o favorito antes da estreia que pra mim ele participou previamente. Além dos números de indicações nas premiações e 1917 quase não se cogitava só ganhou mais força nos sindicatos e globo de ouro além do bafta.
    Será que a anti campanha de coringa por ser filme baseado em quadrinhos e inspirações em filmes dirigidos pelo Scorsese, laranja mecânica e alerta de influenciar por causa da violência foi prejudicial. Pois o parasita eu só assistiria se alguém recomendasse e fosse bom.
    Então como vai ser agora na Netflix será que foi reparação como aconteceu com Roma e moonlight por causa da diversidade e pantera Negra também.

  2. Gente, você vai fundo, fundamenta, se emociona (é visível)… adorei e estou te acompanhando, como diz a canção do Erasmo e Monte "sou (apenas) mais um na multidão" dos admiradores do seu canal… Sou cinéfilo sem o dinheiro da Miky Lee (kkk), mas cinéfilo… kkk

  3. Isso é um pouco triste. Então quer dizer que, se em algum ano, um filme da América do Sul ou da África for realmente considerado o melhor filme daquele ano vai precisar de todo o investir que parasite teve. Vendo o por esse lado o Oscar não mudou nada.

  4. O nome é Parasita, se quer falar o nome certo então fala em coreano, acho que pelos discursos do diretor a última coisa que ele quer é as pessoas dos outros países chamando o filme com nome em inglês

  5. Como o nível de filmes foi muito alto na categoria de melhor filme no oscar, gostaria de saber qual filme talvez tenha chegado perto de Parasita e talvez tivesse tirado o oscar dele, em relação a votação para melhor filme.

  6. Uau! Que vídeo! Parabéns Dale, top! Só pra registrar que esse Oscar foi espetacular (não como um todo, me refiro a questão de Parasita) mas que ele já deveria ter acontecido em 2001 com O tigre e o dragão, inegavelmente o melhor dentre os indicados daquele ano. Um vídeo sobre aquela campanha (que acredito ter sido a primeira que de fato teve chances reais de vitória) seria interessante. Mas na época a parada era tão dura que o Ang Lee tinha levado tudo em direção mas não conseguiu no Oscar.

  7. Querido, amei essa análise toda. Eu, leiga que sou, preferia que 1917 tivesse levado melhor filme, apesar de ter gostado também do resultado como foi. Conhecer que, como tudo na vida, a campanha é a chave do sucesso, e saber de toda a luta de Parasite, me faz entender e valorizar perfeitamente esse prêmio.
    Mas uma questão me intriga. Entendo que a diversidade na academia foi fundamental para esse resultado, e uma vez que as coisas evoluem – porque tudo no mundo precisa de atualização – não há como voltar sem prejuízo. Mas o Oscar é americano, e eles são muito nacionalistas, tendem a ser protecionistas e até mesmo preconceituosos por isso. Parasite ter ganhado realmente abriu as portas ou haverá algum tipo de reacionarismo?
    Uma coisa já dou como certa, investidores estarão mais encorajados.

  8. Estou um pouco atrasado, mas acho que vale a pergunta: você acredita que o Brasil tem potencial/capacidade de orquestrar uma campanha semelhante à de Parasite no futuro — não para vencer o Oscar de Melhor Filme, mas para uma indicação pelo menos?

    Penso que a quantidade de dinheiro que o Governo oferece para seu representante é muito baixa para bancar uma campanha bem sucedida. E também não vejo os produtores brasileiros buscando investimento de fora, mesmo que de forma independente.

    Enfim, mais um ótimo vídeo, continue com as postagens. Forte abraço!

  9. Dale é a prova de que o que mais importa num canal é a qualidade do seu conteúdo, não seu design. Nada contra os amigos do design, mas sabemos que tem muito canal de cinema com excelente fachada, mas com conteúdo bastante questionável. Dale começa o vídeo cumprimentando, apresentando o tema, e vai conversando com a gente sobre este tema. Sem vinhetas, sem firulas, sem cortes espertos, sem efeito p/b, com fala distorcida, pra mostrar erro de fala de forma engraçada. Isso é bom porque tem muita gente que tem grande amor por um conteúdo X, grande propriedade pra falar, mas deixa de fazê-lo por achar que, sem efeitos especiais, não será apreciado. Dale tem poucos inscritos (por enquanto, espero), pq o que apela aos olhos é mais querido, mas isto não é erro dele, mas sim dos consumidores de "conteúdo".

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo