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GUIANA ESSEQUIBA: A MAIOR DISPUTA TERRITORIAL DA AMÉRICA

A Disputa Territorial na América do Sul

O mundo abriga diversas disputas territoriais entre países e a América do Sul não está imune a isso. Uma das maiores disputas na região é pela Guiana Esequiba, uma área de mais de 159 mil quilômetros quadrados, o que equivale ao tamanho do estado do Acre e de países como Suriname.

As Origens da Disputa

A Guiana Esequiba, muitas vezes apresentada nos mapas venezuelanos como zona de reivindicação, constitui mais de sessenta por cento do território da Guiana. A região é rica em recursos naturais e a descoberta de grandes reservas de petróleo em suas águas territoriais reavivou as tensões.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem expressado intenções de reconquistar a região, sustentando que historicamente pertence ao seu país. No entanto, a história da região é complexa e envolve o controle espanhol, neerlandês e britânico, além de acordos e disputas territoriais desde o século XIX.

A Decisão de Paris

A questão territorial foi submetida a um tribunal de arbitragem internacional em 1899, conhecido como laudo de arbitragem de Paris. O tribunal, composto por membros venezuelanos, britânicos e russos, decidiu favoravelmente à Inglaterra, estabelecendo a fronteira traçada pelos ingleses como legítima.

Contudo, décadas mais tarde, evidências de cumplicidade entre os britânicos e um dos membros do tribunal levantaram questionamentos sobre a imparcialidade do processo, resultando na declaração do laudo como nulo pela Venezuela e na denúncia da irregularidade nas Nações Unidas.

A Busca por Solução

Em 1962, foi assinado o acordo de Genebra, reconhecendo a reivindicação venezuelana do território e estipulando que, caso os países não chegassem a um acordo, a ONU escolheria um método de solução. Em 2018, a Guiana apresentou a solicitação para que o conflito territorial fosse resolvido no Tribunal de Justiça de Haia, mas a Venezuela recusa-se a aceitar a legitimidade da corte para tal resolução.

O Futuro da Disputa

A Guiana Esequiba permanece como uma fonte de tensão na região, com ambos os países rejeitando a possibilidade de perder o território. A riqueza natural da região promete impulsionar o crescimento econômico do país que detê-la, o que intensifica ainda mais a importância da resolução do conflito.

FAQ

1. Qual é a extensão territorial da Guiana Esequiba?

A Guiana Esequiba abrange mais de 159 mil quilômetros quadrados, representando mais de sessenta por cento do território da Guiana.

2. Por que a descoberta de reservas de petróleo reavivou as tensões na região?

A descoberta de grandes reservas de petróleo nas águas territoriais da Guiana Esequiba despertou interesse devido ao potencial econômico e estratégico associado a esses recursos.

Conclusão

A disputa territorial da Guiana Esequiba continua a ser um tema de tensão na América do Sul, com a Venezuela e a Guiana mantendo reivindicações históricas sobre a região. A resolução desse conflito é fundamental para garantir a estabilidade e o desenvolvimento da região, e a busca por uma solução continua em andamento.

Fonte: YouTube

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29 Comentários

  1. Essa guerra acaba antes de começar, os EUA investiram 52 bilhões na exploração de petróleo na Guiana. Se a Venezuela se meter a besta e querer anexar território da Guiana, os EUA mandam um Porta Aviões pra o litoral da Venezuela e dão 24 horas pras tropas da Venezuela desocupar o território da Guiana. A Venezuela vai só passar vergonha, se Rússia que é uma potência militar tá passando perrengue imagine a Venezuela.😂😂😂
    Se Brasil tiver juízo não vai nem se meter nessa enrascada. A Venezuela começou sozinha essa bagunça então arrume.

  2. Se for olhar essa questão de que possivelmente a área da chamada 'Guiana Essequiba', o México também tem direito a área dos Estados Unidos; a Bolívia tem direito a área do Brasil, Paraguai e Chile; o Paraguai tem direito a áreas da Argentina e do Brasil; o Peru tem direito a área do Chile; o Brasil tem direito a parte da Guiana Francesa e Guiana; a Colômbia tem direito do Panamá!

    A Guiana tem toda razão, e Nicola Maduro quer aparecer; até parece que plebiscito na Venezuela vai legitimar qualquer eles roubar o que não é deles, ou, até parece que plebiscitos e eleições lá, são transparentes!

  3. A verdade é que isso tudo mais o Uruguai pertencia ao Brasil ! Com o fracasso das invasões holandesas, francesas correram tudo para o norte desabitado e tomaram do Brasil, claro q a Inglaterra não iria perder uma boca dessa, correu lá e pegou também o seu quinhão!

  4. A proposta da Venezuela de anexar 75% do território da Guiana viola o uti possidetis. Princípio do direito internacional que, em disputas envolvendo soberania territorial, reconhece a legalidade e a legitimidade do poder estatal que de fato exerce controle político e militar sobre a região em litígio. Por um lado, tanto o Tratado de Madri (1750) como o Tratado de Santo Ildefonso (1777) resolveu as grandes questões de fronteira envolvendo Portugal e Espanha. Por outro lado, tanto o Vice-Reino de Nova Granada (1717-1777) como a Capitania Geral da Venezuela (1777-1821) controlava territórios dos atuais Panamá, Colômbia, Equador e Venezuela. A dissolução da Grã-Colômbia (1821-1831) representou o fracasso da visão de Simón Bolívar. O expansionismo bolivariano de controlar a Guiana Essequiba sempre esbarrou no princípio do uti possidetis. No final do século 16, os holandeses tinham começado a explorar a região e se instalaram na atual Guiana, onde fundaram a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais em 1621. Entretanto, em 1796, a colônia neerlandesa foi tomada pelos ingleses. As colônias de Essequibo, Demerara e Berbice foram cedidas oficialmente ao Reino Unido no Tratado Anglo-Neerlandês de 1814 e no Congresso de Viena, em 1815. Em 1831, a administração das três colônias foi unificada e o território foi denominado Guiana Britânica ou Guiana Inglesa. Posteriormente, ela tornou-se independente da Grã-Bretanha como Guiana em 1966.

  5. Suriname also has a border dispute with Guyana. Read the message.

    If the Venezuelan government of Nicolás Maduro decides tomorrow to annex the Essequibo area following a military action following a referendum, the Guyanese will be faced with a taste of their own medicine. The Venezuelans have been claiming the Essequibo area for decades, because they assume that during the colonial administration of the British – in what is now called Guyana – the aforementioned area was confiscated by the German Robert Hermann Schomburgk by drawing up false maps. . Venezuela was certainly no match for the British militarily at that period, so the area was added to Guyana. It must be clear that the British also wanted a so-called foothold on the mainland of South America. On our side too, the British have done everything they can to steal territory from the other colonizers in the North Sea. The fact that part of present-day Guyana also belonged to the colony of Suriname can still be deduced from the Dutch names in certain places. But it was the same Robert Hermann Schomburgk who ascended the Corentijn and also after this journey drew up a false map for the British, in which he indicated that the Coeroeni Cutari was the upper course of the Corantijn River. He had not seen the truly much larger stream of water that we call the Upper Corantijn. Later, upon further investigation by the British Barrington Brown, the Upper Corantijn – which he called the New River – turned out to be the real upper course, creating the so-called Tigri Delta, located between Coeroeni, Cutari, Upper Corantijn and the Acarai Mountains, without there was no doubt that it should be regarded as Surinamese territory. However, the British wanted nothing to do with Barrington Brown's findings. In 1969, before our political independence, President Forbes Burnham of Guyana, which became independent in 1966, decided to occupy the Tigri Delta by means of military force. As is known, the Netherlands, which still had to defend Suriname as a part of the empire, did not intervene. Due to this annexation and the violent actions of Guyana, Suriname still has a border dispute with that country, just like Venezuela has with the Guyanese over the Essequibo area. The Guyanese government is now screaming bloody murder and is seeking support all over the world against a possible Venezuelan attack to take over the area militarily, but Suriname should absolutely not side with Guyana when it comes to the Essequibo issue. Guyana has occupied part of our territory since 1969, and does everything if the area belongs to it. We may be part of the English-speaking club CARICOM, which immediately supported Guyana, but we have been robbed by the Guyanese for more than 54 years. They have taken our territory hostage with military force and we should not accept that for a moment and certainly should not side with them when it concerns the Essequibo issue between Venezuela and the Guyanese. The fact that the Venezuelans now want to take back the area, if necessary with the use of the much stronger Venezuelan army, of course has everything to do with the large oil and natural gas reserves that have been discovered off the coast of the aforementioned area. This border dispute could have enormous consequences for security in our area, which can be described as the Guyanas. An area that runs from the Orinoco to the Oyapock. It is understandable that Venezuela may wish to use military resources. Isn't that what the Guyanese did to us in 1969, when The Hague did everything it could to get the police unit out of the Tigri area and was under former officer Lapre. The Netherlands did not want to have trouble with NATO partner Great Britain, that was clear at the time. But we now live in the 21st century and must not forget that we have a Ukraine and a Gaza, where major powers commit actions that can cause changes within geopolitics, including on our continent, when business and major financial interests come into play. This is about oil, that's what it was about in Iraq too. We can always talk about green energy and electric cars, but oil is still of great and survival importance for most economies and that is why the Venezuelan-Guyanese border conflict can still cause a lot of trouble for all of us. And especially if world powers get involved. Is oil a blessing or a curse? Unfortunately, this will also be expressed or expressed in this region.

    Surinamese Newspaper / Source: De West, d.d., 19-11-2023

  6. Tenho 63 anos e sou muito interessado na historia da America do sul e sempre fiquei sabendo desta situacao e outras no nosso continete, por isso que a Venezuela e Argentina hoje estao tao mal, isso e uma estrategia internacional Europeia e USA para enfraquecer sempre a America do sul.

    Hoje a Guyana e tao socialista quanto a Venezuela, mas nao sofre nehuma pressao da imprensa ou restricoes economicas, por contrario, os USA estao investindo macissamamente neste pais tao dividido. Aconselho aos Brasileiros se informare mais sobre este assunto porque vai nos envolver.

    Afinal todas as questoes territoriais no mundo eram decedidos sempre em tribunais interncacionais localizados na Europa e mais tarde nos US (ONU). Favorecendo sempre aos Europeus, assim o Imperio Britanico se tornou o maio Imperio do mundo.

    A estrategia Britanica e sempre adiar, nao resolver nada e esperar que as vitimas invadem os Britanicos ou suas ex colonias, assim como esta acontecendo em Israel e Gaza, afinal a historia se repete. Os invasores se tornam os proprietarios com o apoio dos tribunais internacionais ou da ONU.

  7. Olá, bom dia, odeio o governo de Chávez e Maduro, sou venezuelano, claro que apoio meu país porque aquele território era espanhol e depois quando nos tornamos independentes tornou-se território nacional (utis possidetis), como você verá a seguir. Guiana do lado direito, que faz fronteira com o Suriname, há uma linha demarcada, esse território também está em polêmica com o Suriname, é a parte do Tigri, como visto em todos os lugares os britânicos roubaram território, esta posição deveria ser usada pelo Suriname para retomar seu território Por favor, revele também esse fato em um vídeo futuro, desde já obrigado.

    Em 1824 os ingleses reconheceram pela primeira vez a fronteira até o rio Essequibo, depois ampliaram a linha em até 4 vezes.

    Os britânicos roubaram territórios dos países por onde passaram, dou-vos um exemplo: Guatemala com Belize, Argentina para as Malvinas, Suriname para a região do Tigri, Espanha para Gibraltar, etc.

    Por favor peço a todos que nos ajudem e nos apoiem

  8. A cortes européias fazendo trambique igual quando roubaram o território do peitoral lá também, Venezuela perder um território grande bem definido a muito muito tempo todinho ? A reivindicação da Venezuela como país é justa, óbvio que pra população local é ruim isso, más trambiques e roubos na cara de pau foi tudo do lado europeu e sobrou pra Guiana agora

  9. so um comentario MADURO E PUTIN SÃO CONDENADOS E PROCURADOS PELA INTERPOL , logo lugar de ditador é na cadeia , mas ainda sigo o coronel eramos dias ,,,, o resto é retorica esquerdopata ,,,,, muito bla, bla, bla, na pratica nada ,, obs o armamento da venezuela é da segunda guerra ,kkkkkkk sera mais uma guerra das malvinas

  10. Na real, sem hipocrisia o Brasil deveria dar esse território e ainda pagar para a Venezuela levar esse é mais alguns do norte e nordeste. Para quem é iguinorante e não ver jornal, fica vendo novela e discutindo futebol, não viu q tem mais gente que recebe auxílio nessas regiões do que pessoas trabalhando, ou seja, o centro oeste, Sudeste e sul são quem mantém essa população. Não venho aqui falar da população mas sim do governo que não criou políticas para o enriquecimento dessas regiões e mais oportunidades de trabalho e renda.

  11. Onde tem conflito pelo mundo hoje, tem a mão da Inglaterra. A Inglaterra já foi um império, hoje são o EUA. Da mesma maneira, este império estadunidense (decadente) faz suas guerras. Chega de impérios no mundo, vamos viver o mundo multipolar.
    Sobre a questão de Essequiba, a minha opinião é que Brasil e Venezuela não reinvidique mais esse território. Pena que as riquezas do petróleo da Guiana vão ser roubadas pela americana Exxon Mobil.

  12. Recentemente eu tive uma noticia de que a Venezuela está anexando a região de Essequibo uma região da Guiana!!! Eu me preocupo com essa situação porque vai que a Venezuela avança para um conflito armado!!! Isso preocupa o Futuro da América do Sul!!! Nós estamos em risco!!! Digamos nós latinos!!! Estamos com a nosso futuro das nossas futuras gerações!!! Pois isso após a descoberta de Ouro e Petróleo na Guiana pode evoluir para um conflito armado entre os dois países!!! Por isso uma reunião do Conselho de Segurança da ONU reunisse a portas fechadas essa questão!!! Pois o que está em jogo é a nossa vida na América Latina!!! Pois depende de um diálogo e um bom senso!!!

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